domingo, 25 de agosto de 2013

DROGAS

Este é um pequeno resumo da minha palestra sobre Drogas. 

Muitas são as substâncias que podem ser consideradas drogas:
Temos as que são licitas (autorizada a venda e consumo) como o cigarro, bebidas alcoólicas e os medicamentos e temos as ilicitas (proibido consumo e venda) como a maconha, crack, cocaína, heroína  ecstasy, LSD, inalantes, cogumelos, haxixe,...

Algumas são naturais como a maconha, cocaína  tabaco e álcool e outras são sintéticas (produzidas em laboratório) como os medicamentos, o crack e os inalantes. 

Seus efeitos estimulantes, depressivos e perturbadores do sistema nervoso central podem ser a curto ou a longo prazo.

Um exemplo é o uso do cigarro e seus efeitos na saúde: 
  • Fumar causa problemas respiratórios;
  • Os fumantes contraem mais resfriados e problemas das vias aéreas superiores;
  • Fumar causa doença cardíaca;
  • O cigarro é a causa mais comum de câncer no pulmão; também câncer de boca, garganta, bexiga e rim;
  • O cigarro afeta o desenvolvimento do corpo (é importante saber disso, pois o seu corpo está crescendo e se desenvolvendo; 

  • Há mais de 4.700 substancias toxicas na fumaça do cigarro;
  • O  cigarro contem nicotina, uma substancia nociva, poderosa, que causa dependência;
  • Mais de 200.000 pessoas morrem de causas relacionadas ao cigarro a cada ano, no Brasil;
  • A maioria delas começou a fumar antes dos 18 anos.
  • No Brasil a venda é proibida para menores de 18 anos.
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Tt¨   Temos que ficar muito atentos pois OS EFEITOS DAS DROGAS DÃO UMA FALSA SENSAÇÃO DE DOMÍNIO SOBRE O MUNDO QUE ESTAMOS INSERIDOS, ONDE PENSAMOS DOMINAR AS EMOÇÕES E SITUAÇÕES  QUE NOS ENVOLVEM.




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domingo, 2 de junho de 2013

Meu filho tem TDAH - O que acontece com os pais?



Conversando com pais e colegas de trabalho fica muito visível saber que "nossos" pais passam por fases...fases do TDAH. Comecei a ler mais sobre o assunto de como os pessoas lidam com o tema e constatei algumas fases.

Quando falamos de TDAH, pensamos que todas as pessoas já conhecem o que é, ou que saibam sobre o que estamos falando...para nós que convivemos com crianças que apresentam os sintomas tudo parece tão norma! Porém nos esquecemos que para os pais, para a família, amigos, sociedade a coisa não é bem assim.

É um longo caminho que se trilha até chegar a um tratamento/acompanhamento. Pensando nas fases diria que as principais são: a suspeita, a negação, a procura/investigação, a critica da sociedade e de familiares, a solidão, o disgnóstico, a tristeza, a aceitação e por fim o tratamento com acompanhamento.

A suspeita é quando vemos que algo não vai bem. Geralmente todas as crianças são movimentadas, desobedientes, inquietas, agitadas...percebemos que a nossa criança é mais do que "normal" - se movimenta excessivamente, é excessivamente desobediente, excessivamente desatento, excessivamente..., excessivamente..., alguns pais, especialmente as mães são as que mais percebem.

A negação é quando tentamos convencer de que não está acontecendo nada, de que tudo vai melhorar, que é uma fase da idade. Nos convencemos, convencemos quem está ao nosso redor e assim atrasamos o inevitável causando um dano dificilmente recuperado.

A procura ou investigação é quando começamos a perguntar, a procurar na internet palavras como: inquieto, limites, normas, obediência; e procuramos livros sobre desenvolvimento "normal" das crianças...vemos coisas que se encaixam e se temos sorte, podemos chegar as palavras "Transtorno do Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade". Levamos um banho de água fria quando vemos que tudo se encaixa com perfeição.

As críticas sociais são acusações de amigos, familiares, professores e as vezes até de médicos e psicólogos. Todos sabem mais que você, todos sabem que a culpa é sua, que você não soube colocar limites, que você não soube educar, não conhece regras, que a criança assiste muita televisão...resumindo você fez tudo errado e que se fossem eles o teriam feito certo - todos eles sempre o teriam feito melhor! O problema é se você acreditar nisso - com toda certeza estarás perdido.

A solidão é quando todos a sua volta vão ficando longe, e se não se afastam é você quem se afasta. Salvo algumas/poucas pessoas que continuam ao seu lado ao longo do tempo. Muitas vezes sua vida social de destrói, desaparece e o sentimento de solidão pode ser devastador...você precisa escapar desse sentimento começando do zero.

O diagnóstico é uma odisseia...você pode pegar um médico que não acredita no tema, ou pode ser um que só está preocupado com o valor da consulta...uns podem negar, descartar o disgnóstico por ter sido feito de maneira rápida e precipitada (infelizmente isso acontece). Se você tem sorte ou foi recomendada podes chegar a bons profissionais e ter um diagnóstico completo, não só de TDAH mais também de efeitos causados na aprendizagem e possível evolução.

Um bom neurologista, psicopedagogo, psicólogo, professor especialista te acompanhará no processo impedindo que a criança fique só num diagnóstico sem tratamento.

A tristeza é quando você compreende que o problema existe, é certo e tem nome. Seu filho tem Transtorno do Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade.

A culpa é suspeitar que você tem culpa. Acontece com todos ou a maioria dos pais. Um transtorno neurobiológico não pode ser provocado pelos pais ou por coisas ao seu redor - é uma parte do cérebro que funciona de forma diferente, os estímulos, as ordens não funcionam como deveriam. Afetam a memória, a atenção, a concentração, a impulsividade, a reflexão...

A aceitação é a fase que você compreende que ninguém vai fazer nada por seu filho se você não fizer. Quando compreendes que o mais importante é ele e que você irá fazer o que é preciso para levá-lo adiante. Você vai descobrir que vocês são os melhores pais para seu filho e estarão juntos para ajudá-lo superar as dificuldades.

O acompanhamento é todo o processo que seguirá para conseguir interações com os pares, com o ambiente. Com nossa ajuda vamos trabalhar/moldar a autonomia e o controle que a criança necessita a princípio, ensinando-a a auto-controlar-se e compreender o que acontece.


Se pensarmos um pouco mais, com certeza encontraremos mais fases, mas creio que estas são as principais. Em geral os pais se sentem frustados e são criticados por não conseguirem impor disciplina suficiente. É preciso lembrar aos pais que esse é um problema neurobiológico e que seus filhos necessitam de ajuda para alcançar o exito. 




quarta-feira, 3 de abril de 2013

10 competências essenciais que as crianças devem aprender


1. Fazer perguntas
Uma competência importante que desejamos que os nossos filhos desenvolvam é saber aprender e, acima de tudo, saber auto-aprender, ou seja, aprender de forma independente, sem estar necessariamente num contexto educacional, como a escola, por exemplo.
O primeiro passo na auto-aprendizagem é saber fazer perguntas. Felizmente, as crianças fazem isto de forma natural, pois são muito curiosas e gostam de questionar.
Encoraje-as a perguntar! Quando encontram algo novo, procure fazer perguntas em conjunto, explorando as possíveis respostas com a criança. E quando a criança lhe faz perguntas, recompense-a. Dê-lhe atenção, responda-lhe com detalhes relevantes e apoie a sua reflexão.
2. Resolver problemas
Se uma criança sabe resolver problemas, pode ter qualquer emprego. Uma nova tarefa ou um novo emprego pode ser intimidativo, mas é, de facto, apenas um outro problema por resolver. Uma nova competência, um novo ambiente, uma nova necessidade… Ensine os seus filhos a resolver problemas, dando-lhe pequenos casos para resolver. Deixe-os pensar sobre a solução – não os socorra imediatamente. Deixe-os considerar várias soluções possíveis e recompense esse esforço. Só assim irão desenvolver a confiança nas suas habilidades e resolver com sucesso tudo que lhes apareça pela frente.
3. Realizar projetos
Trabalhe projetos com os seus filhos, demonstrando-lhes primeiro como pode ser feito e depois deixando-os trabalhar cada vez mais de forma autónoma. À medida que ganham confiança, deixe-os realizar outros sozinhos, de forma independente e verá que, em breve, a sua aprendizagem será uma série de projetos para quais se sentem apaixonados.
4. Encontrar a paixão
Ajude o seu filho(a) a descobrir coisas pelas quais se sente apaixonado(a) – mesmo que para isso experimente uma série delas até encontrar a que goste. Quando as encontrar, ajude-o(a) a desfrutar os momentos de realização. Encoraje todos os seus interesses, tornando-os divertidos e recompensadores.
5. Ser independente
As crianças devem aprender a ser independentes. Progressivamente, através de pequenas coisas que vão fazendo sozinhos. Ensine-os a fazer, dê o exemplo, ajude-os a fazer, ajude-os menos e deixe-os cometer os seus próprios erros. Deve incentivar a confiança neles próprios, deixando-os ter sucessos e resolver as suas falhas. Uma vez que aprendem a ser independentes, aprendem que não precisam de um professor, um pai ou um chefe para lhes dizer o que precisam de fazer. Conseguem gerir-se sozinhos, ser livres e descobrir o caminho.
6. Ser feliz consigo próprio
Muitos pais levam os filhos ao colo por muito tempo, mantendo a “trela” apertada, fazendo-os contar com a sua presença para se sentirem felizes. Assim, quando a criança cresce não sabe ser feliz – tem que encontrar alguém, seja um(a) namorado(a) ou amigo. Se isso falha, transfere a sua ideia de felicidade para coisas externas — compras, comida, jogos, Internet, etc. Mas, se a criança aprender desde cedo que pode ser feliz estando apenas com ela própria, brincando, lendo, imaginando, tem a melhor competência que existe. Permita-lhe ter privacidade e ter tempo (por ex. à noite) quando os pais e filhos têm atividades independentes.
7. Interdependência
O mundo é cada vez mais interdependente, pelo que precisamos de saber viver e trabalhar bem com outras pessoas, assim como ter consciência da interdependência dos vários sistemas existentes na Terra. Demonstre com pequenos exemplos a interdependência na seio da família, na natureza, na sociedade, no planeta. Por ex. estimule a criança a procurar ligações entre elementos que, aparentemente, não têm nada haver um com o outro.
8. Compaixão
É importante  interessarmo-nos pelos outros e sentirmo-nos felizes ao fazê-los felizes. Dar exemplos de compaixão é a chave. Demonstre sempre compaixão aos seus filhos e a outras pessoas. Demonstre empatia, fazendo perguntas sobre como se sentem, pensando alto sobre como acha que outros se sentem. Mostre como é possível fazer alguém feliz sempre que possível; como fazer os outros felizes com pequenos gestos de bondade e, como isso, pode deixá-lo igualmente feliz.
9. Ser tolerante
Exponha os seus filhos a todos os tipos de pessoas, de diferentes raças, religiões ou sexualidade, até de diferentes condições mentais ou físicas. Demonstre-lhes que é natural existirem vários tipos de pessoas, que é OK ser diferente e que as diferenças são para ser celebradas, pois a variedade faz a vida mais bonita e mais enriquecedora.
10. Lidar com mudança
A mudança é a realidade de hoje  e esta competência é cada vez mais necessária – saber adaptar à mudança, lidar com ela, navegar pelos seus mares é uma vantagem competitiva. Esta é uma atitude que mesmo nós, pais, estamos ainda a aprender, pois nunca nos foi formalmente ensinada.
A rigidez não ajuda num ambiente em mudança, mas a flexibilidade sim. Mais uma vez, dar exemplos às crianças demonstrando que a mudança é boa e que nos podemos adaptar, abraçando as novas oportunidades. A vida é uma aventura e as coisas vão correr diferente do que estávamos a espera, diferente dos planos que fizemos. É mesmo essa a parte mais interessante e enriquecedora e é importante saber aproveitá-la e vivê-la da melhor forma.

De fato, não podemos  dar às nossas crianças um kit de aprendizagem ou prepará-los para uma carreira ou um emprego que não sabemos se vai existir. Mas podemos ensiná-los a se adaptarem às circunstâncias, a aprender com tudo e sobre tudo, a resolver os problemas que lhes apareçam, a saber viver com paixão… e daqui a 20 anos agradecer-nos-ão por isso. 

Artigo cedido e inicialmente publicado no Portal dos Pais.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Métodos e Teorias



Métodos

Linguagem Total: Também conhecido como Wole Language, a língua é vista como um sistema estruturado, portanto, excluí-se a fragmentação de sílabas e de palavras. Baseia-se na tese de que é lendo que se aprende e escrever parte-se do todo (textos completos) para a escrita gradual. O professor lê textos inteiros com as crianças que vão se familiarizando com as palavras e seus contextos. É mais disseminado nos EUA.

Tradicional: O Aprendizado começa pelo alfabeto, por isso também é chamado de método alfabético. As letras são apresentadas às crianças, e estas aprendem aos poucos a juntá-las em sílabas. Depois formam-se palavras curtas, palavras longas, frases e, por fim histórias. Esse método popularizou-se por meio de cartilhas e foi bastante adotado no Brasil até a década de 1990.

Fônico: Seu princípio é: como a fala é anterior à escrita, a escrita deve partir da fala. O som da fala (inclusive a fala interna, na cabeça da criança) vai ser, aos poucos, decodificado e passado à escrita: sons são transformados em grafemas. O professor é quem dirige o processo, e este se fundamenta principalmente, em leituras em voz alta e ditados. Assim, a oralidade e a pronúncia das palavras são desenvolvidas e, consequentemente, a escrita. Esse método é frequentemente adotado em países como a França e a Inglaterra. No Brasil, tem como grande defensor o Professor Dr. Fernando Capovilla, do Instituto de Psicologia da USP.



Teorias

Construtivismo e Socioconstrutivismo: Sugeridos por Jean Piaget e Vigotski e reorganizados por Emília Ferreiro responsável pela disseminação em toda a América Latina. Baseiam-se na ideia de construção do conhecimento por meio da troca (aluno/professor e aluno/aluno) e da experiência. O sujeito é agente de seu aprendizado. Para que este ocorra, o ambiente deve favorecer - no caso da alfabetização, muito contato com livros infantis e com a escrita dos próprios nomes, ou seja, a vivência em um ambiente letrado. O professor é um facilitador do aprendizado e muitas vezes, um mediador. Ele deve respeitar o ritmo de cada criança, mas sempre estimulando todos os alunos com a mesma intensidade. O principal método utilizado é o fônico.



Espero que tenham gostado, pois quando este texto me veio as mãos, logo me lembrei de uma diretora que "adora" questionar seus professores sobre: qual método você usa?...não, isso não é método, é teoria! E eu observava que os meus colegas ficavam com "cara de interrogação" e não obtinham resposta a dúvida que havia surgido.  Diante dessa lembrança não exitei em postar aqui a definição dos métodos e teorias que estão numa linguagem bem clara escrito por Cyntia Costa e Juliana Barnadino. Não tenho o nome do livro porque retirei a matéria de fotos postadas no facebook pela Psicologia on line para todos-blog. :)




quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Dicas para os professores terem sucesso com alunos TDA/TDAH



Nos anos que venho trabalhando com crianças que possuem algum tipo de Transtorno de Aprendizagem, venho observando que algumas estratégias estão dando certo. Hoje compartilho algumas dicas para ajudar os colegas que tenham em sala de aula crianças com suspeita ou já diagnosticadas com TDA/TDAH. 




1. Solicite ajuda de especialistas (professores tutores/ psicólogos/ médicos);

2. Faça com que os pais participem da vida escolar do aluno;

3. Saiba quais são seus limites. Assim você professor não se sentirá frustado e cansado.  Você não tem todas as soluções!

4. Evite expectativas. A maioria das crianças com TDA/TDAH são inteligentes, mas devido a sua conduta, desempenho e rendimento são inconstantes.

5. Tenha a certeza que você tem a atenção do aluno. O aluno aprenderá melhor se tiver atenção ao que está fazendo. Faça contato visual com seu aluno e com frequência passe por ele para reorientar sua atenção.

6. Mantenha o aluno perto de você. 

7. Minimize as distrações. Mantenha-o afastado das janelas e portas. Qualquer coisa será motivo para tirar sua atenção.

8. Trabalhar em duplas também é muito positivo. Sente-o com um colega que se distraia menos e que seja organizado. 

9. Tenha certeza que seu aluno está com todo material em ordem (caderno adequado, lápis apontado, borracha, livro...). Se a aula começa e o aluno continua buscando seu material, será difícil que ele acompanhe o restante. 

10. Procure trabalhar com todos juntos. O aluno se sentirá parte do grupo. Todos pensando juntos, trabalhando juntos! Ele irá se dispersar menos.

11. Prepare seu aluno para o êxito e não para o fracasso. Vá instruindo aos poucos. Dê a ele o passo a passo; uma meta por vez.

12. Explique os conteúdos com palavras simples, de fácil assimilação. É importante que ele entenda o que você está dizendo. 

13. Mostre ao seu aluno que o caderno é seu amigo. Lá ele encontrará as respostas  que não está lembrando. É importante que sua letra esteja legível e o caderno organizado para que ele procure. Ele precisa sentir/entender o significado do uso do caderno.

14. Repita a explicação. Escreva, diga em voz alta, repita quantas vezes for necessário. Peça ao aluno que explique pra você. Que diga o que entendeu. Mantenha o tempo todo o contato visual com seu aluno. Isso é muito importante!

15. Observe se o seu aluno está está atento a atividade. Sempre que necessário reoriente sua atenção.

16. Alunos com TDA/TDAH precisam de estruturação. É bastante positivo que eles conheçam bem o ambiente escolar, tanto interno (dentro da sala de aula, quanto fora (nos corredores, quadra e pátio para as refeições). Para isso, muito importante são as regras estabelecidas e elaboradas juntos com bastante clareza.

17. Faça uma lista com a regras estabelecidas e fixe na parede da sala, em lugar visível. É importante que você professor também as cumpra. Caso tenha que alterar alguma regra é importante que isso seja feito em conjunto. Ao definir/estabelecer os interesses da classe as crianças se sentem mais seguros em base solida.

18. Tenha um horário de aulas. É importante que esses alunos aprendam a começar se organizar nas tarefas diárias. 

19. Faça com as crianças com "calendário" de horário para estudar fora da escola.  Isso os ajudará a aprender o conceito de manejar o tempo. Característica de um aluno com TDA/TDAH: sempre adiando.

20. Estabeleça limites e direção. O que é aceitável e não é, junto com as recompensas e consequências (positivas e negativas) que devem ser aplicadas de imediato. Trabalhe com reforço positivo. 


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Falando sobre TDA/TDAH







Existem muitas razões para que as crianças não prestem atenção na aula...Muitas dessas crianças podem apresentar sintomas ou já estarem diagnosticadas com Transtorno de Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade.

O TDA/TDAH é um problema neurológico caracterizado por um transtorno na conduta. É necessário uma avaliação multidisciplinar neurológica, psicológica, educacional e familiar pra poder avaliar se o problema é mesmo devido ao TDA/TDAH.

O TDA/TDAH se caracteriza principalmente por: falta de capacidade em manter a atenção, não consegue controlar os impulsos e/ou ter hiperatividade. 

Alguns sintomas mais são observados:

  1. Dificuldade para manter a atenção;
  2. Se distrai facilmente;
  3. Tem dificuldade para manter-se sentado, parece inquieto;
  4. É impulsivo, não espera o momento para responder uma pergunta, interrompe a fala do outro constantemente;
  5. Tem dificuldade para se organizar, perde objetos com frequência;
  6. Tem dificuldade para seguir instruções e respeitar regras;
  7. Pula de uma atividade para outra sem concluí-las;
  8. Tem dificuldade para jogar em silêncio e tranquilo;
  9. Fala excessivamente;
  10. Carece de habilidades sociais;
  11. Parece não escutar nem se concentrar;
  12. Com frequência é um aluno brilhante, mas seu rendimento/desempenho está abaixo da média.
O tratamento para uma criança com TDA/TDAH é muito eficaz quando o diagnóstico é feito logo. O tratamento implica uma combinação de terapia individual e familiar, modificação da conduta e medicamento(quando necessário).

Professor, se você tem na sua sala de aula crianças que apresentam sintomas que indiquem TDA/TDAH que não estão diagnosticados, por favor, solicite uma avaliação.

De forma geral, as crianças que têm TDAH são brilhantes! Elas se sentem frustadas por sua conduta e por não alcançarem o esperado delas. Uma vez diagnosticadas, essas crianças se sentem emocionadas por descobrirem que existe uma razão que explica sua incapacidade de concentração e controle das suas ações: situações que eles mesmos consideravam não estar bem, possuem uma causa.

Motivar estas crianças dá resultados muito positivos! Quando se motiva, se desafia e se trabalha captar o interesse da criança com TDAH, se produz realmente uma troca nos processos químicos cerebrais.

Em geral, os pais e professores de crianças com TDA/TDAH se sentem frustados. São criticados por não conseguirem impor disciplina suficiente. O que se esquece muito tanto em casa como na escola, é que essa criança não está "apenas" maduro. 

Estas crianças possuem um problema neurológico e precisam de ajuda para alcançar o êxito.


 


domingo, 17 de fevereiro de 2013

Semana de Arte Moderna





Vamos conhecer um pouco sobre a Semana de Arte Moderna?



Semana de Arte Moderna, também chamada de Semana de 22, ocorreu em São Paulo no ano de 1922, nos dias 13 a 17 de fevereiro, no Teatro Municipal.


Determinados a romper com velhos conceitos, artistas de várias especialidades reúnem-se para mostrar ao país um novo conceito de arte promovendo a Semana de Arte Moderna, em São Paulo.
Como tudo que é novo mexe com conceitos e, portanto assusta, não foi fácil para esses artistas se posicionarem diante da realidade política e social da época, mas a trajetória é fascinante e mostra a necessidade de sempre estarmos abertos para mudanças.


No Brasil, o descontentamento com o estilo anterior foi bem mais explorado no campo da literatura, com maior ênfase na poesia. Entre os escritores modernistas destacam-se: Oswald de Andrade, Guilherme de Almeida e Manuel Bandeira. Na pintura, destacou-se Anita Malfatti, que realizou a primeira exposição modernista brasileira em 1917. Suas obras, influenciadas pelo cubismo, expressionismo e futurismo, escandalizaram a sociedade da época. Monteiro Lobato não poupou críticas à pintora, contudo, este episódio serviu como incentivo para a realização da Semana de Arte Moderna.

O evento marcou o início do Modernismo no Brasil e tornou-se referência cultural do século XX.

Este evento foi a explosão de idéias inovadoras que aboliam por completo a perfeição estética tão apreciada no século XIX. Os artistas brasileiros buscavam uma identidade própria e a liberdade de expressão; com este propósito, experimentavam diferentes caminhos sem definir nenhum padrão. Isto culminou com a incompreensão e com a completa insatisfação de todos que foram assistir a este novo movimento. Logo na abertura, Manuel Bandeira, ao recitar seu poema Os sapos, foi desaprovado pela platéia através de muitas vaias e gritos.

Embora tenha sido alvo de muitas críticas, a Semana de Arte Moderna só foi adquirir sua real importância ao inserir suas ideias ao longo do tempo. O movimento modernista continuou a expandir-se por divulgações através da Revista Antropofágica e da Revista Klaxon, e também pelos seguintes movimentos: Movimento Pau-Brasil, Grupo da Anta, Verde-Amarelismo e pelo Movimento Antropofágico. 

Todo novo movimento artístico é uma ruptura com os padrões utilizados pelo anterior, isto vale para todas as formas de expressões, sejam elas através da pintura, literatura, escultura, poesia, etc. Ocorre que nem sempre o novo é bem aceito, isto foi bastante evidente no caso do Modernismo, que, a principio, chocou por fugir completamente da estética européia tradicional que influenciava os artistas brasileiros.


Conheça um pouco dos principais integrantes da Semana de Arte Moderna

Mário de Andrade: poeta, romancista, crítico de arte e musicólogo da época do movimento modernista no Brasil. Causou grande impacto na renovação literária e artística do país, participando ativamente da Semana de Arte Moderna de 22, além de se envolver, entre 1934 e 37 com a cultura nacional trabalhando como diretor do Departamento Municipal de Cultura de São Paulo.
Oswald de Andrade: escritor, ensaísta e dramaturgo brasileiro. Foi um dos principais organizadores da Semana de Arte Moderna, tornando-se um dos grandes nomes do modernismo literário brasileiro. Foi considerado pela crítica como o elemento mais rebelde do grupo, sendo também o mais inovador entre estes.
Víctor Brecheret: um dos mais importantes escultores do país é responsável pela introdução do modernismo na escultura brasileira.
Anita Malfatti : pintora, desenhista e professora brasileira. Viajava com frequência à Europa e incorporava elementos da arte européia a seu estilo. Teve grande influência no modernismo no Brasil.
Heitor Villa-Lobos: foi maestro e compositor brasileiro. Destacou-se por ter desenvolvido uma linguagem peculiarmente brasileira em sua música, sendo considerado o maior expoente da música do modernismo no Brasil. Suas obras acentuam o espírito nacionalista onde incorpora elementos das canções folclóricas, populares e indígenas.
Tarsila do Amaral: pintora e desenhista brasileira, uma das figuras centrais da primeira fase do movimento modernista brasileiro, ao lado de Anita Malfatti. Seu quadro Abaporu, de 1928, inaugura o movimento antropofágico nas artes plásticas. 
Di Cavalcanti: pintor, desenhista, ilustrador e caricaturista. Tem grande influência no modernismo brasileiro. 



Dica de Atividade para Sala de Aula


  • Aprofundar nas biografias dos artistas da Semana de 22 pode ser um trabalho interessante a ser desenvolvido pelos alunos. Você pode sugerir que cada grupo se responsabilize por um dos artistas e colete informações completas sobre o artista escolhido para depois ser apresentado para a classe.


  • Organizar uma mostra cultural aberta ao público sobre a semana de arte moderna pode ser um evento bem produtivo. Podem ser expostos painéis com o histórico da semana, biografias dos artistas que participaram e a relação das expressões artísticas apresentadas.
  • Os alunos ficarão animados em organizar uma peça teatral que represente a Semana de Arte Moderna. O importante é fazer com que eles próprios montem um roteiro a partir dos dados já coletados e estudados sobre o tema.


Fontes: 
http://www.suapesquisa.com
http://www.smartkids.com.br